Giane Cunha
O objetivo deste texto é refletirmos acerca de um fenômeno apresentado nesta Copa do mundo de 2010, que na verdade vem se instaurando entre a opinião públida brasileira, graças às grandes mídias de massa e principalmente ao temperamento exagerado do dirigente esportivo da seleção argentina.
Para começo de prosa, é bom esclarecer os dois termos pouco utilisados cotidianamente: ocorre o emprego de metonímia quando se toma uma parte como o todo e xenofobia significa aversão por algo ou por pessoas estrangeiras.
As empresas de marketing lançam mão da rivalidade existente entre as equipes brasileira e argentina de futebol, como enredo de propagandas, comparando a qualidade dos seus produtos de forma criativa ou até mesmo ofensiva, como foi o caso de uma multinacional de bebidas obrigada pela justiça a tirar do ar um comercial de cerveja. O que não deve acontecer é nos deixarmos levar pelo que a mídia impõe e permitirmos que se torne um valor cultural, a idéia que brasileiros e argentinos são inimigos. É saudável a competição, a xenofobia não!
Acredita-se que a saga Argentina X Brasil surgiu a partir da discussão sobre quem foi o melhor jogador de futebol de todos os tempos, o que, diga-se de passagem, é reconhecido mundialmente, mas ressoa inconformadamente no orgulho argentino.
Retomando o comportamento do técnico da seleção argentina nesta Copa, ele proferiu palavras de arrogância com relação a si e à sua equipe, menosprezando renomados atletas de ontem e da atualidade. A provocação ocasionou nos brasileiros certo desconforto, desencadeando o desejo incontrolável de ver a Argentina “se ferrar” nesta competição mundial. O fato é que um indivíduo não é a nação, uma opinião individual, ainda que compartilhada com outros compatriotas, não é a opinião de um país inteiro.
Não sejamos aversos à Argentina, de lá temos boas referências na música, nas artes, nas opções turísticas e também no futebol. Sorin é argentino, Carlito Tevez é argentino e realizaram trabalhos memoráveis em nossa nação. Não hostilizemos nossos hermanos, mas que foi bom ver o autodenominado “fodão” voltar para casa com o placar de 4X0 entalado na garganta... ... ah foi!
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